Quando João olhou para Maria
E a Maria olhou para o João
Aconteceu uma coisa esquisita
O dia virando noite, a noite virando dia
Açúcar virando sal, terremoto furacão
Só que o João não sabia e a Maria também não
Que coisa boa era essa
Que o rio acenava e que não queria mais parar
(adaptação da poesia de Roseana Murray)
Participação Especial: Tatiana Zalla – Intervenção Poética
Oh João, leva pra Maria
Oh João, essa coisa boa
Oh João, que meu rio acena
Oh João, que não quer mais parar
Amanheceu, galo cantou, cadê João, se levantou. Foi
ver Maria no seu altar, gerando o filho pro mundo se
iluminar.
Vem de Belém, vem no Natal, de Pernambuco foi pra
Manaus. Essa coisa boa vem de Londrina e de Limeira
subiu pras bandas de Minas.
Refrão
Vem lá da mata, dos encantados, da capital foi pro
cerrado. Do interior do hemisfério, da semente direto
pro universo.
Refrão
Dá pra viver nesse viveiro de gente, dá pra plantar
nesse planeta. Pra transcender sendo sincero, pra
acender os olhos do cego.
Pra iluminar a alma do morto, pra acessar seu
ancestral. Essa coisa boa é como canto de pássaro,
como cheiro de planta, como gosto de mel. Como brisa
do mar que o corpo sente e que o nosso sentimento
sabe.
(Leandro Pfeifer)
Participações Especiais: Rosângela Macedo e Tatiana Zalla – Coro